“Vamos ver se ela é mulher mesmo?”, disse o estuprador minutos antes do crime ocorrido na madrugada do último domingo, dia 10, no bairro Magalhães, em Laguna. Por volta das 4h, a vítima de 29 anos e a namorada seguiam de carro em direção à Imbituba, depois de se divertirem em um show. Durante o trajeto, as duas discutiram e a jovem de inicial E. pediu para descer do carro. Em seguida, cinco homens passaram de carro e a abordaram na calçada com xingamentos lesbofóbicos e violência física. “Tu és um lixo. Gente como tu, não deveria existir”, disseram eles, conforme relato da namorada da vítima.
Segundo ela, os homens riam muito enquanto a insultavam. Eles se revezaram nos atos de violência: um colocou o pé no rosto dela, enquanto outros batiam, jogavam latas de cerveja e davam socos. O estupro ocorreu na sequência das agressões. Um deles cometeu o ato enquanto os outros a seguraram. “Quando eles avistaram faróis de um carro, resolveram ir embora. Saíram buzinando em comemoração”, conta a namorada.
Logo que foi liberada, E. ligou para a namorada e pediu socorro a motorista, que parou e começou a tratá-la também de forma hostil. E. pensou que seria agredida novamente. “Não encosta no meu carro. Você deve ter feito algo errado para que eles te tratassem assim”, falou ele, segundo relato. Um casal que passava viu a discussão e parou para socorrer a jovem. “Eles empurravam o cara e a protegeram até a chegada do Samu”, disse a namorada.
E. foi levada pelo Samu ao Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus Passos, em Laguna, onde recebeu os primeiros socorros e atendimentos para prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. “O atendimento foi incrivelmente humano, nos isolaram num quarto somente para nós, com cobertor, carinho e café. O tempo todo alguém perguntava se a gente estava bem”, conta.
No hospital, relatou o que ocorreu para dois policiais chamados pelos profissionais de saúde, conforme orientação em casos de estupro. “Eles levaram um bloco na mão e só perguntaram nome, idade e se ela tinha visto os agressores. A polícia fez pouco caso. Não tratou como crime relacionado ao preconceito contra lésbicas”, afirma a namorada.
A vítima foi liberada às 12h e teve que se deslocar até o IML para fazer o exame de corpo de delito. “A delegacia estava fechada, a espera foi massacrante."
Estupro corretivo
A vítima e a namorada acreditam que foram seguidas depois do show e que o crime esteja diretamente ligado à lesbofobia. Para elas, trata-se de um estupro corretivo, violência sexual cometida contra lésbicas como castigo por não se comportarem conforme os padrões heteronormativos. “Se não envolvermos pessoas engajadas não vai haver investigação efetiva. Vai ser só mais um caso”, lamenta.
Segundo a vítima, os agressores têm no máximo 30 anos e estavam bêbados. Elas esperam que as câmeras de segurança possam ajudar na identificação. Com marcas no rosto e em choque, E. mal consegue se mexer e não dorme durante a noite. Ela pede que o casal que a socorreu entre em contato para que possa agradecer o carinho e o socorro.
Na delegacia, ninguém foi localizado no plantão noturno para falar sobre o caso.
Preconceito mata
Uma pessoa com orientação diferente da heteronormativa é morta a cada 27 horas no país, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), que produz anualmente o relatório “Assassinatos de Homossexuais (LGBT) no Brasil”. Só no ano de 2014 foram documentadas 326 mortes de gays, travestis e lésbicas no Brasil, incluindo nove suicídios.
Segundo ela, os homens riam muito enquanto a insultavam. Eles se revezaram nos atos de violência: um colocou o pé no rosto dela, enquanto outros batiam, jogavam latas de cerveja e davam socos. O estupro ocorreu na sequência das agressões. Um deles cometeu o ato enquanto os outros a seguraram. “Quando eles avistaram faróis de um carro, resolveram ir embora. Saíram buzinando em comemoração”, conta a namorada.
Logo que foi liberada, E. ligou para a namorada e pediu socorro a motorista, que parou e começou a tratá-la também de forma hostil. E. pensou que seria agredida novamente. “Não encosta no meu carro. Você deve ter feito algo errado para que eles te tratassem assim”, falou ele, segundo relato. Um casal que passava viu a discussão e parou para socorrer a jovem. “Eles empurravam o cara e a protegeram até a chegada do Samu”, disse a namorada.
E. foi levada pelo Samu ao Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus Passos, em Laguna, onde recebeu os primeiros socorros e atendimentos para prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. “O atendimento foi incrivelmente humano, nos isolaram num quarto somente para nós, com cobertor, carinho e café. O tempo todo alguém perguntava se a gente estava bem”, conta.
No hospital, relatou o que ocorreu para dois policiais chamados pelos profissionais de saúde, conforme orientação em casos de estupro. “Eles levaram um bloco na mão e só perguntaram nome, idade e se ela tinha visto os agressores. A polícia fez pouco caso. Não tratou como crime relacionado ao preconceito contra lésbicas”, afirma a namorada.
A vítima foi liberada às 12h e teve que se deslocar até o IML para fazer o exame de corpo de delito. “A delegacia estava fechada, a espera foi massacrante."
Estupro corretivo
A vítima e a namorada acreditam que foram seguidas depois do show e que o crime esteja diretamente ligado à lesbofobia. Para elas, trata-se de um estupro corretivo, violência sexual cometida contra lésbicas como castigo por não se comportarem conforme os padrões heteronormativos. “Se não envolvermos pessoas engajadas não vai haver investigação efetiva. Vai ser só mais um caso”, lamenta.
Segundo a vítima, os agressores têm no máximo 30 anos e estavam bêbados. Elas esperam que as câmeras de segurança possam ajudar na identificação. Com marcas no rosto e em choque, E. mal consegue se mexer e não dorme durante a noite. Ela pede que o casal que a socorreu entre em contato para que possa agradecer o carinho e o socorro.
Na delegacia, ninguém foi localizado no plantão noturno para falar sobre o caso.
Preconceito mata
Uma pessoa com orientação diferente da heteronormativa é morta a cada 27 horas no país, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), que produz anualmente o relatório “Assassinatos de Homossexuais (LGBT) no Brasil”. Só no ano de 2014 foram documentadas 326 mortes de gays, travestis e lésbicas no Brasil, incluindo nove suicídios.
meu DEUS seres humanos somos todos iguais .....pq???? essa vilencia??? quer dizer que os estrupadores é que são os corretos??? dirigindo alcolizados...a vitima podia ser minha filha minha neta...sei la...o futuro a Deus pertence...(:
ResponderExcluirNão acredito numa coisa destas. Ate aqui em laguna tem gente que não sabe respeitar as escolhas dos outros? se elas são lésbicas ou não o problema é delas, que Deus as julguem. Ninguém tem o direito de colocar-se no lugar de Deus, só Ele é que pode. A biblia deixa claro que Deus não aprova nem o lesbianismo, nem o homossexualismo, nem o sexo com animais, nem sexo com sogra, pai, mãe, irmão, tio, tia. Porem tem gente que não ta nem aí pra Deus e pra biblia, então vao ser feliz, mas que não prejudiquem outros, porque o estupro a biblia tambem condena, assim como a discriminação e a acepção de pessoas, coisa esta que Deus nunca fez e Jesus é um exemplo muito claro disto. Não se preocupem meninas, há um Deus no céu do qual vê todas as coisas e certamente esses animais disfarçados de homens terão sua paga a altura, qustão de tempo, aguardem.
ResponderExcluirÉ triste,vergonhoso, horripilante ter q constatar q em pleno séc. XXI ainda temos notícias de tamanho vandalismo de tamanho derespeito a seres humanos q não se encontra dentro das regras estipulada por essa hipócrita sociedade. A agressão sofrida a um casal de namorada é mais um caso de homofobia e lesbofobia q a justiça brasileira não poderá fingir q nada aconteceu
ResponderExcluirEste ato de estupro os seus tarados terá q pagar penalmente pelo q praticaram
Que a justiça faça valer encontrando estes vermes e levando-os para atrás das grades.São nocivos a sociedade portanto terão q serem presos,julgados e severamente condenados.
S
Ratos desse tipo deveria ter prisão perpétua imundos safados
ResponderExcluirRatos desse tipo deveria ter prisão perpétua imundos safados
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