quinta-feira, 31 de março de 2016

Iara Iavelberg: pela memória de mulheres que lutaram contra a ditadura

Iara Iavelberg
















Por Clarissa Peixoto. 


Há 52 anos do golpe militar que instaurou um regime de exceção no Brasil, nada mais justo que refletir sobre os desdobramentos desse processo na atualidade. Pela memória, pela verdade e pela justiça é que hoje nos propomos a construir novas narrativas sobre este período tão sombrio e ameaçador de nossa história. Precisamos falar sobre o que aconteceu para que, nunca mais, regimes autoritários (militares ou não!) sejam implantados no Brasil.

Neste 31 de março, rememoramos Iara Iavelberg, assassinada brutalmente pela ditadura militar. Iara morreu aos 27 anos, mas teve uma intensa participação política. Integrou grupos de resistência armada, dedicou-se ao estudo e à compreensão da realidade, foi uma mulher a frente de seu tempo. Lutou ao lado de Carlos Lamarca, figura emblemática da luta contra a ditadura.


No documentário "Em busca de Iara", a trajetória da ativista política é recontada até o dia do seu assassinato, num apartamento no bairro Pituba, em Salvador/BA. A versão oficial dos militares afirmou suicídio, mas familiares e pessoas que conviveram com Iara nunca acreditaram. Em 2003, o corpo de Iara foi exumado e contestada a tese de suicídio. O desejo da família de recontar esta história inspirou a roteirista do filme e sobrinha de Iara, Mariana Pamplona, que em 2014 lançou o filme, dirigido por Flávio Frederico.



"Em busca de Iara" compõe um conjunto de obras que nos ajuda a esclarecer esse período de violência e controvérsia da história brasileira. Novas vozes recontando a história de nosso povo que é sonegada dele próprio. Pela memória de Iara e tantas outras, verdade e justiça.

#SomosMuitas #GolpeNuncaMais #MemóriaVerdadeJustiça


Trailer oficial do filme 



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